Ao longo do trabalho em redor da temática “As TIC em contexto
educativo” fomos abordando diversos temas ligados às TIC, que parecem
semelhantes mas que se referem a conceitos diferentes, embora apresentem
“parentesco” entre si. Esta situação
advém do facto de nos últimos anos o cenário do mundo escolar se ter alterado
com a introdução dos novos meios tecnológicos.
O primeiro termo que se abordou foi ”tecnologia educativa”,
desenvolvido por B. F. Skinner nos anos 40 do séc. XX e refere-se tanto a aos
recursos tecnológicos utilizados nas escolas, como também aos processos de
concepção, desenvolvimento e avaliação do processo de aprendizagem. No nosso
caso, visa facilitar o e-learning, através de uma boa aprendizagem e melhoramento
de desempenho, usando e gerindo processos e recursos tecnológicos adequados.
Este termo tem já tradição no mundo anglo-saxónico e é uma
teoria da área tecnológica que privilegia o ensino pelas novas tecnologias e
que tem raízes nas teorias da psicologia, com influências nas correntes
comportamentalistas, cognitivistas e construtivistas. Outro termo que poderá
significar o mesmo é o de “tecnologias aplicadas à educação”, que
diz respeito às aplicações da tecnologia na envolvência dos processos de aprendizagem
da educação. Quer um termo, quer outro, utiliza essencialmente como recursos
técnicos, o computador e a internet.
O termo “tecnologias da informação e da comunicação” (TIC)
refere-se à junção, no ensino, de duas componentes tecnológicas: a tecnologia
informática e de computadores com a tecnologia das telecomunicações, que tem a
sua forma de atuação mais visível materializada na internet.
As TIC são um subdomínio das tecnologias educativas, quando
são aplicadas nas escolas para fins educativos, sendo utilizadas como
ferramentas e recursos no apoio e melhoria do desempenho escolar dos alunos.
A “literacia mediática” é, (de acordo com McInnerney,
McInnerney & Marsh; Soloway, Turk & Wilay, citados por Tsai & Tsai,
2003) “o conjunto de conhecimentos, competências e atitudes em relação aos
computadores que levam a lidar com confiança com a tecnologia computacional na
sua vida diária”. É no fundo um reportório de competências que permita ao individuo analisar, avaliar e criar mensagens numa variedade de formatos, modos
e géneros mediáticos. Para que tal aconteça, é necessário que os professores
adotem atitudes positivas em relação à informática e que usem as ferramentas
tecnológicas de forma a melhorarem as suas competências e conhecimentos no
mundo da informática.
Finalmente, temos a “educação tecnológica”, que tem a ver com
o apropriar-se de forma útil e eficaz as tecnologias ao serviço da educação. A
educação tecnológica deve abranger o ensino da história das diferentes
tecnologias e dos seus criadores ao longo dos séculos até aos nossos dias,
assim como os efeitos que estas causaram nas sociedades ao nível social,
económico, cultural e psicológico. Deve ser então, uma visão global das
tecnologias ao serviço da educação e deve visar o ajustamento do cidadão ao
período atual em que se insere, fazendo uso das ferramentas e recursos
existentes, de forma a criar uma visão crítica e abrangente.
Referências:
Miranda, Guilhermina Lobato (2007). Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 03, pp. 41‑50.
Miranda, Guilhermina Lobato (2007). Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 03, pp. 41‑50.
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