sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

As TIC em contexto educativo

Ao longo do trabalho em redor da temática “As TIC em contexto educativo” fomos abordando diversos temas ligados às TIC, que parecem semelhantes mas que se referem a conceitos diferentes, embora apresentem “parentesco” entre si.  Esta situação advém do facto de nos últimos anos o cenário do mundo escolar se ter alterado com a introdução dos novos meios tecnológicos.

O primeiro termo que se abordou foi ”tecnologia educativa”, desenvolvido por B. F. Skinner nos anos 40 do séc. XX e refere-se tanto a aos recursos tecnológicos utilizados nas escolas, como também aos processos de concepção, desenvolvimento e avaliação do processo de aprendizagem. No nosso caso, visa facilitar o e-learning, através de uma boa aprendizagem e melhoramento de desempenho, usando e gerindo processos e recursos tecnológicos adequados.

Este termo tem já tradição no mundo anglo-saxónico e é uma teoria da área tecnológica que privilegia o ensino pelas novas tecnologias e que tem raízes nas teorias da psicologia, com influências nas correntes comportamentalistas, cognitivistas e construtivistas. Outro termo que poderá significar o  mesmo é  o de “tecnologias aplicadas à educação”, que diz respeito às aplicações da tecnologia na envolvência dos processos de aprendizagem da educação. Quer um termo, quer outro, utiliza essencialmente como recursos técnicos, o computador e a internet.

O termo “tecnologias da informação e da comunicação” (TIC) refere-se à junção, no ensino, de duas componentes tecnológicas: a tecnologia informática e de computadores com a tecnologia das telecomunicações, que tem a sua forma de atuação mais visível materializada na internet.
As TIC são um subdomínio das tecnologias educativas, quando são aplicadas nas escolas para fins educativos, sendo utilizadas como ferramentas e recursos no apoio e melhoria do desempenho escolar dos alunos.

A “literacia mediática” é, (de acordo com McInnerney, McInnerney & Marsh; Soloway, Turk & Wilay, citados por Tsai & Tsai, 2003) “o conjunto de conhecimentos, competências e atitudes em relação aos computadores que levam a lidar com confiança com a tecnologia computacional na sua vida diária”. É no fundo um reportório de competências que permita ao individuo analisar, avaliar e criar mensagens numa variedade de formatos, modos e géneros mediáticos. Para que tal aconteça, é necessário que os professores adotem atitudes positivas em relação à informática e que usem as ferramentas tecnológicas de forma a melhorarem as suas competências e conhecimentos no mundo da informática.

Finalmente, temos a “educação tecnológica”, que tem a ver com o apropriar-se de forma útil e eficaz as tecnologias ao serviço da educação. A educação tecnológica deve abranger o ensino da história das diferentes tecnologias e dos seus criadores ao longo dos séculos até aos nossos dias, assim como os efeitos que estas causaram nas sociedades ao nível social, económico, cultural e psicológico. Deve ser então, uma visão global das tecnologias ao serviço da educação e deve visar o ajustamento do cidadão ao período atual em que se insere, fazendo uso das ferramentas e recursos existentes, de forma a criar uma visão crítica e abrangente.

Referências:
Miranda, Guilhermina Lobato (2007). Limites e possibilidades das TIC na educação. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 03, pp. 41‑50.

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